terça-feira, 22 de novembro de 2016

RELATIVISMO, CIÊNCIA EMPÍRICA OU CEPTICISMO? EU PREFIRO A RACIONALIDADE DO CRISTIANISMO


Já está mais do que provado que o relativismo é auto-contraditório; nem precisamos repetir. A proposição máxima do relativismo é a "negação de uma verdade objetiva", mas, sem precisar de tanto esforço, logo apreendemos que tal assertiva é contraditória, portanto auto-destrutiva, visto a própria negação da verdade objetiva ser uma afirmação dela em última instância. Os relativistas perceberam o problema e apelam para o relativismo-relativista, que seria a tentativa de relativizar o próprio relativismo. No entanto, esta nova tentativa não deixa de esconder seus problemas pois o relativismo-relativista nos levaria à uma regressão infinita e o relativismo já não mais teria como ser justificado no sentido de poder sustentar com segurança a si mesmo ou alguma proposição derivada. Desta forma, o conhecimento se tornaria impossível restando apenas ao relativista abraçar o ceticismo. Só que, como já ficou mais do que comprovado por grandes apologistas e filósofos cristãos, o cepticismo também é contraditório e auto- destrutivo pois, a máxima de que " a verdade não pode ser conhecida" é colocada, conscientemente ou não, como verdadeira. Portanto, é inescapável para as filosofias negadoras de uma verdade objetiva que até mesmo a negação da verdade, é uma afirmação dela. E que considerando este fato, é uma verdade absoluta que a verdade é uma afirmação necessária. De sorte que, tanto o relativismo, relativismo-relativista e cepticismo são teorias insustentáveis e irracionais.
No cristianismo, a ideia de um Deus que fundamenta a realidade não contém em si mesma nenhuma contradição. E não faz sentido perguntar " por qual fundamento Deus é o fundamento?", pois, se houvesse um padrão que autentica Deus , Deus não mais seria o fundamento, mas apenas uma derivação de um outro fundamento. Ora, toda cosmovisão parte de um primeiro princípio, e este primeiro princípio DEVE, por necessidade, ser auto-autenticado. Do contrário, as cosmovisões, com suas proposições derivantes deste primeiro princípio, não teriam sustentabilidade. Se o primeiro princípio de um pensamento for falho, as proposições derivantes também serão. De sorte que o primeiro princípio é auto-autenticado quando nele não há contradições internas e sendo ele, portanto, capaz de se auto-justificar.
Desta forma, acreditar que Deus é o princípio primeiro e último da realidade é algo logicamente válido e sustentável. Ademais,acreditar que o fundamento da realidade é um Ser maior que a própria realidade é o mínimo que se é requerido. Pôr como fundamento da realidade algo menor que a realidade é pura contradição. A ciência empírica é em si mesma ineficiente e, por vezes, entra em contradição desdizendo o que outrora defendia. Logo, não deveria servir, ou não serve como primeiro princípio. 

A superioridade do cristianismo é encontrada na sua consistência interna. Na racionalidade cristã não há contradições. A cosmovisão cristã não é apenas logicamente sustentável, ela é também abrangente atendendo assim a todas as demandas da vida humana sejam morais, éticas, cultural, econômica etc.

Soli Deo Gloria
Álvaro Rodrigues