quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Para onde vai nossa alma depois que morremos?



Você pergunta : Para onde vão as almas das pessoas depois que elas morrem? Elas já vão para o céu e para o inferno ou permanecem em algum lugar intermediário dormindo? As almas dos falecidos conseguem se comunicar com os vivos e interagir com o nosso mundo?

Caro leitor, todas as almas são propriedade exclusiva de Deus. Ele as criou e elas são Dele. Assim, a Bíblia diz que quando uma pessoa morre, seu espírito volta a Deus. “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Ec 12.7).


A morte também sela o destino da pessoa. Todos morrem ou salvos ou condenados. Ninguém morre com seu destino final indefinido. Assim, a morte é a batida final do martelo na vida de todos nós. “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9. 27). Morremos uma só vez e depois disso vem sobre nós o juízo. O “juízo” já é uma espécie de julgamento que separam salvos e condenados após sua morte. Esse juízo de Deus separa os salvos para o céu e os condenados para o inferno. Todos, em seus respectivos lugares, aguardam a volta de Jesus Cristo e o dia do grande juízo final.


A Bíblia não nos autoriza a pensar que o espírito fica dormindo aguardando a segunda volta de Jesus Cristo ou em um lugar intermediário. O nosso espírito fica consciente após a morte e aguarda o cumprimento de toda a palavra de Deus na volta de Jesus Cristo (os condenados aguardam no inferno e os salvos no céu). Alguns textos nos indicam essa realidade. Um deles é o que mostra o ladrão que se arrependeu ao lado de Jesus na cruz. “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lc 23. 43). Observe que Jesus lhe promete que, após morrer, já se apossaria do paraíso, sem lugares intermediários.

Outro texto que apóia essa realidade é a parábola de Jesus a respeito do rico e do mendigo. O rico morre e vai para o inferno. O mendigo de nome Lázaro também morre, mas vai para o céu. “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.” (Lc 16. 22-23). Nenhum deles se encontra dormindo. Todos estão acordados e conscientes.


Jesus não usaria uma inverdade como pano de fundo de uma parábola. Assim, essa parábola aponta sim para o destino final de cada um de nós após a nossa morte: Conscientes e já no lugar determinado por Deus.

Com relação a comunicação de vivos com espíritos de pessoas falecidas, não há essa possibilidade. A Bíblia não diz nada que apóie essa ideia, pelo contrário, é totalmente contrária a essa prática. “Quando vos disserem: Consultai os necromantes [pessoas que consultam os mortos] e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8. 19).


Qualquer tipo de comunicação com pessoas falecidas, na verdade, é uma comunicação com demônios enganadores, pois as pessoas falecidas, como demonstrado acima, estão já em seus lugares determinados por Deus aguardando o grande dia da volta do Senhor Jesus Cristo e o cumprimento de toda a palavra determinada por Deus.

Por : André Sanchez

Fonte
Esboçando Ideias 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Bento XVI: Autêntico, mas errado .


Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, surpreendeu o mundo católico ao anunciar que vai renunciar ao pontificado em 28 de fevereiro deste ano. Não o reconheço como um verdadeiro líder da igreja de Cristo, mas devo reconhecer que ele se mostrou autêntico nos anos em que ficou a frente do Vaticano.

Diferentemente de seu antecessor, João Paulo II, Bento não procurou ser popular. Com certeza, em relação a ele não cantaríamos “este papa é pop”. Ele se manteve firme (e nisto concordamos) em combater o aborto e o homossexualismo como pecados diante de Deus. Não transigiu ante às pressões do politicamente correto e do intelectualismo permissivo. Se comportou como um ardoroso defensor da doutrina católica.

Contudo, a autenticidade não nos livra do erro. A igreja de Roma, como todas as outras, são formadas de pecadores, e por isso seus fieis cometeram inúmeros erros no passado, e ainda o cometem hoje. Ocorre, que há erros institucionalizados na igreja católica, doutrinas que carregam o ranço da intolerância e da violência. Estes ensinos não foram revistos nem por João Paulo II, nem por Bento XVI.

Cito como exemplo, a inquisição e a violenta colonização colocadas em ação pela igreja romana em tempos passados. Milhares de pessoas foram mortas em nome da fé católica. Isto não foi um acidente de percurso, ou falhas de alguns fieis. Antes, foi o cumprimento da própria doutrina da igreja. Ensino que foi ratificado no texto da encíclica Quanta cura, promulgada em 1864 pelo papa Pio IX. Este documento trazia um silabo de erros, uma lista de oitenta proposições modernas que os católicos não deviam aceitar[1]. Cito alguns itens:


18 – Que o protestantismo é nada mais do que uma forma diferente da mesma religião cristã, em que é possível se agradar a Deus tanto como na verdadeira Igreja Católica;

24 – Que a igreja não tem autoridade para usar de força, nem tem nenhum poder temporal, seja direto ou indireto;

55 – Que a igreja deve ser separada do Estado e o Estado da igreja;

77 – Que em nossos tempos já não é mais conveniente que a religião católica seja a única do Estado, nem que se excluam todos os outros cultos.[2]

Deste modo, constato que Bento XVI foi autêntico, mas ainda errado, porquanto não ousou confrontar as doutrinas católicas com os mandamentos bíblicos. Isto serve de lição para qualquer cristão. Seguimos com ardor o credo de nossa igreja, mas este resiste à luz da Palavra de Deus? Devemos, pois, observar o pensamento do escritor americano Joseph Campbell: “Talvez não exista nada pior que alcançar o topo da escada e descobrir que você está na parede errada”.

Autor : George Gonsalves

Fonte : http://www.gracaesaber.com/2013/02/bento-xvi-autentico-mas-errado.html